Gonçalo Coutinho foi abalroado quando era 11.º classificado no Mundial no Brasil

Gonçalo Coutinho já regressou do Brasil, onde esteve cerca de uma semana, no Circuito Internacional Paladino, em Conde, no nordeste brasileiro, a disputar a Rotax Max Challenge Grand Final da categoria Sénior, ou seja, no ‘Mundial’ da especialidade, que reuniu 360 pilotos oriundos de cerca de 60 países, distribuído por seis categorias. O piloto natural de Gondomar, único representante na categoria Sénior, disputada por 72 concorrentes, foi abalroado quando era 11.º classificado na Final… e tinha todas as condições para garantir um lugar no top-10.
Na única competição mundial de Karting em que um piloto só pode disputá-la se ganhar o campeonato do seu país ou se se qualificar através do ‘Europeu’ da especialidade – salvo raras exceções em que são atribuídos um ‘wild card’ –, Gonçalo Coutinho rodou desde os treinos cronometrados até Pré-Final nos lugares da frente, embora com algumas dificuldades, como explica no balanço que faz da sua segunda participação consecutiva no Mundial de Karting Rotax da categoria Sénior. “Nunca tinha estado no Brasil e por isso estas Finais Mundiais foram especiais. O nível, como sempre, era altíssimo, com 72 pilotos na minha categoria, mas o nosso grande problema foi mesmo a adaptação à pista, que tinha características muito diferentes daquelas que encontramos em Portugal ou em Espanha. Como me disse um piloto da Estónia, era uma pista cheia de truques (‘tricky track’), mas sentia que tinha andamento para o top-10 na Final. Arranquei da 15.ª posição, recuperei até ao 11.º lugar e a sete voltas do final fui abalroado por outro piloto e tive que abandonar. Foi frustrante terminar a prova assim, mas foi uma semana que nunca vou esquecer, pois voltei a competir com os melhores pilotos do mundo”, sublinhou Gonçalo Coutinho, para depois destacar quem tem sido fundamental para o seu êxito. “Agradeço aos meus pais e à minha família por todo o apoio neste percurso, em especial o meu pai, que me acompanha nas provas desde o primeiro dia e, este ano no Brasil, pude contar desde a primeira hora com o apoio da minha mãe. Muito obrigado também aos meus patrocinadores, a Iberoeste e a JMCoutinho, e a toda a equipa Júnior Racing Team, em especial ao Alexandre Mata por todo o trabalho e dedicação. Quero também destacar o meu companheiro de equipa, o Diogo Marques, pela evolução que teve ao longo do ano, e também o Manuel Alves, que foi o meu grande adversário em pista em 2018. Sem ele o campeonato em Portugal não teria sido o mesmo”, realçou Gonçalo Coutinho, vencedor pelo segundo consecutivo o Rotax Max Challenge Portugal, competição que tem a chancela da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), e do Troféu Ibérico da categoria Sénior.